Segunda Guerra Mundial

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sábado, 1 de novembro de 2014

Operação Valquiria

Com o codinome de “Walkyrie”, esse atentado foi o segundo de que o líder alemão escaparia após aquele do carpinteiro Georg Elser, em Munique, em 1939.

Em 20 de julho de 1944, Hitler escapou da bomba que deveria matá-lo enquanto examinasse os mapas bélicos com seus generais no Grande Quartel General de Rastenburg, na Prússia Oriental. O atentado tratava-se antes de uma tentativa de golpe de Estado por uma coalizão de opositores do regime num momento em que ele estava condenado a morder o pó da derrota: o Exército Vermelho já pisava o solo alemão e as forças anglo-saxônicas haviam desembarcado na Normandia.

Hitler e o líder do atentado, Claus Stauffenberg (primeiro à esq.), em 15 de julho de 1944

  Os conjurados da operação “Walkyrie” queriam matar Hitler a fim de derrocar o regime e estabelecer em seu lugar uma ditadura conservadora para restabelecer finalmente a monarquia, por outro lado, esperavam firmar a paz com os anglo-americanos, porém continuando a guerra contra a União Soviética.
 Entre os conspiradores figuravam diversos altos oficiais como Ludwig Beck e o general Hans Speidel, chefe do Estado-Maior do prestigioso marechal Erwin Rommel, quem estava informado do complô, mas dele não participou.                                                                                                                 
Um dos mais ativos era o conde Claus von Stauffenberg, 36 anos, que viu na Rússia, durante o inverno 1941/1942, a brutalidade das SS. Apesar de católico fervoroso, estava convencido da necessidade de assassinar o führer. Havia combatido sob o comando de Rommel na África, onde perdera um olho e uma das mãos, Nomeado em julho de 1944 chefe do Estado-Maior do exército de reserva, Stauffenberg participava das conferências militares no Covil do Lobo.                                  
     Em 20 de julho de 1944, data escolhida para o atentado, a reunião foi antecipada das 13h00 para as 12h30, devido a uma visita de Mussolini, e teria lugar num chalé de madeira em vez do habitual bunker de concreto devido ao forte calor do verão.                                                                                   
 No momento propício, Stauffenberg deposita uma pasta com explosivos sob a mesa, perto de Hitler. Ato contínuo, deixa o local a pretexto de fazer uma chamada telefônica urgente. Como a pasta incomodava um dos militares, este a muda de lugar de modo que entre Hitler e a pasta passou a surgir o pesado suporte de carvalho da mesa. O führer, protegido pelo pé da mesa, fica no final de contas apenas ligeiramente ferido.                                                                                                                                                                                               Stauffenberg viu o chalé ir para os ares e corpos expulsos pelas suas aberturas. Convenceu-se de que não restara ninguém vivo e sem perder um segundo parte para Berlim com a intenção de participar do golpe. À sua chegada ao aeroporto, três horas mais tarde, telefona aos outros conspiradores e toma conhecimento que estes não tinham ousado desencadear o levante por não terem certeza da sorte de Hitler. Muitos participantes da reunião morreram ou ficaram gravemente feridos, contudo Hitler e o general Keitel, que estava a seu lado, tiveram uma sorte inacreditável.                                                                                                                                                                           Quando Mussolini chega para o que seria o derradeiro encontro entre os dois, é recebido na plataforma da estação por um Hitler superexcitado, os cabelos chamuscados, um braço parcialmente paralisado, que o leva a visitar o local da explosão.                                                                                                                                                                                              O ministro do Interior, Heinrich Himmler, manda prender o comando do exército do interior. Stauffenberg e outros chefes da conjuração são executados de imediato. O general Beck se vê forçado a se suicidar. À 01h00 de 21 de julho, o próprio Hitler, em transmissão radiofônica, anuncia uma severa repressão. E cumpre.                                                                                                                                                                                                            O almirante Wilhelm Canaris, ex-chefe do serviço de inteligência do regime nazista, suspeito de participação no complô, é enviado ao campo de concentração de Flössenburg, onde foi estrangulado com uma corda de piano em 9 de abril de 1945.


Fonte.:  http://operamundi.uol.com.br/conteudo/historia/30119/hoje+na+historia+1944+-+hitler+escapa+com+vida+da+operacao+valquiria.shtml

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